domingo, 30 de dezembro de 2018

DIOGO, O PORTO É MESMO ASSIM!


Ontem a noite, a designada por sala de visitas da Mui Sempre Nobre Cidade Invicta do Porto (Avenida dos Aleados), registou uma belíssima moldura humana da qual fiz parte com mais 03 AMIGAS FANTÁSTICAS, para quem vai o meu BEIJO, para assistir ao concerto do Diogo Piçarra, foi um alinhamento que passou em revista os sucessos deste jovem muito talentoso e promissor da nossa música. Foi um espetáculo onde o Diogo sempre interagi-o com o público, instigando a uma cumplicidade com os temas por si e pelos seus convidados cantados, e que os presentes não se fizeram rugados a acompanhá-los em uníssono.

Foi uma (História) cantada num (Dialeto), que nos transportou ao (Paraíso), por tudo isto (Volta).

Gostei muito Diogo, embora o teu maior e melhor espetáculo é a HUMILDADE QUE ENCERRAS DENTRO DE TI.

Parabéns, feliz 2019!!!

ABRAÇO.

DIOGO_MAR

domingo, 23 de dezembro de 2018

NATAL SOMOS NÓS


SOMOS NATAL, Quando decidimos nascer de novo,transformando-nos a cada dia.

Somos árvor do natal, quando resistimos vigorosamente aos tropeços da caminhada.

Somos enfeites do natal, quando nossas virtudes, nossos atos, são cores que o adornam.

Somos sinos do natal, quando chamamos,congregamos e nos preocupamos em unir.

Somos luzes do natal, quando simplificamos e damos soluções.

Somos presépio do natal , quando nos tornamos pobres para enriquecer a muitos.

Somos anjos do natal, quando contamos para o mundo o amor e a alegria.

Somos pastores do natal, quando enchemos nossos corações vazios com AQUELE que tudo tem.

Somos estrelas do natal, quando conduzimos alguém ao SENHOR.

Somos REIS MAGOS, quando damos o que temos de melhor, não importando a quem.

Somos velas do natal , quando distribuimos harmonia por onde passamos.

Somos Pai Natal, quando criamos lindos sonhos em mentes infantis.

Somos presentes do natal , quando nos tornamos verdadeiros amigos para todos.

Somos cartões de natal, quando a bondade está escrita nas nossas mãos.

Somos missas de natal, quando nos tornamos louvor,oferenda e comunhão.

Somos ceia de natal, quando saciamos de pão e de esperança, qualquer pobre ao nosso lado.

Somos festas de natal, quando nos despimos do luto e vestimos a alegria.

Somos sim ,a NOITE FELIZ DE NATAL,quando humildemente e conscientemente,mesmo sem símbolos e aparatos, sorrimos com confiança na comtemplação interior de um natal perene que estabelece o seu REINO em nós.

 

Obrigada JESUS CRISTO!
por VOSSA LUZ ,PERDÃO e COMPREENSSÃO. Paz, Fé e esperança sempre!!!

um natal de paz, amor e que 2020 seja um ano repleto de realizações!!!
Obrigada a todos que fazem parte da minha vida!!!

 

quinta-feira, 7 de junho de 2018

GÊNESE


 
Eu sou intemporal.

Sou um apaixonado pela vida, e por tudo que ela nos oferece.

 

Adoro viver.

 

Adoro voar ao encontro do tudo e de todos.

 

Adoro o longe e a miragem.

 

Adoro abrir de par em par, este coração entalhado de desejo.

 

Adoro navegar e aportar, no mar chão do teu corpo.

 

Adoro ser a semente, que germina e fertiliza o teu canteiro.

 

Adoro saciar a minha sede na fonte que brota dos teus lábios.

 

Adoro pentear os dias, afagando-lhes o rosto com mãos repletas de esperança.

 

Adoro flutuar nas azas das emoções.

 

Adoro ser o porta-estandarte da verdade, abnegação, humildade e justiça.

Desta forma sim:

Eu, sou eu!

 

DIOGO_MAR

sexta-feira, 25 de maio de 2018

CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO DISTINGUIDA COM VALIOSO PRÉMIO


 
Mais um enorme feito para o Concelho de Valongo, com o arrecadar por parte do Município, de tão distinto prémio.
Fico muito orgulhoso e feliz, por ter feito parte deste grupo de trabalho fantástico, e de ter emprestado a voz, a um filme que narra um pedaço da história de todos nós.

 

18 Maio 2018

 

O Prémio Geoconservação 2018 foi atribuído à exposição “Trilobites em Valongo: um rasto de história…” A Exposição “Trilobites em Valongo: um rasto de história…” foi distinguida com o 1.º Prémio de Geoconservação 2018, atribuído pelo Grupo Português da ProGEO (Associação Europeia para a Conservação do Património Geológico). Este prémio visa distinguir o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal de Valongo na implementação de estratégias de conservação e valorização do Património Geológico no seu território. A cerimónia de entrega do Prémio de Geoconservação 2018 realizou-se no dia 18 de maio, no Museu Municipal de Valongo, local onde está patente ao público até finais do mês de Setembro a exposição “Trilobites em Valongo: um rasto de história…”. Realizada com o apoio científico do Museu de História Natural da Universidade do Porto e inaugurada no âmbito das comemorações dos 180 Anos do Município de Valongo, esta mostra dá a conhecer os seres marinhos fascinantes que povoaram o território do concelho na Era Paleozoica, há centenas de milhões de anos, muito antes da existência dos dinossauros. Pretende-se divulgar não só o riquíssimo espólio fóssil de Valongo, mas também a história do maravilhoso mundo outrora habitado pelas diferentes espécies de trilobites.


LINK

 
https://www.youtube.com/watch?v=MWR6Mdp1RrU
 


 

sexta-feira, 11 de maio de 2018

PERPÉTUO


 
Perdeste-te na bruma dos dias, transformada em silhueta de saudade oculta por de traz das vestes da ausência.

Lavro a terra com palavras agastadas regando-a com a chuva do desespero.

Desembainho a espada manchada pelo sangue do sofrimento.

Confino-me a ínfimas partículas de cinzas varridas pelo vento da amargura.

Dedilho as notas desafinadas da melodia do desalento lúgubre.

As forças, esbatem-se na derrota da cumplicidade dos dias, exalando o incenso da mistificação.

O sol, vestiu-se de fuligem imanada pela minha alma petrificada.

Agora já só resta, uma amálgama fossilizada nas estrias da memória emoldurada por uma submissão mutilada, por um ascetismo impiedoso.

Em vão, abraço o inatingível, com o mais louco fervor de ser feliz.

O grito lancinante é amordaçado, pela implacável resignação que me asfixia.

As mãos trémulas, evidenciam a minha fragilidade, entregue a um destino debruado pela conivência castradora.

Não sei de mim!

 

DIOGO_MAR

domingo, 6 de maio de 2018

OLÁ MÃE


 
No desenfreado mundo do consumismo, houve a necessidade de criar mais um dia especial!

Já há muito manifestei-me ser arrevesado a estes dias especiais.

Todos os dias são dias para exaltarmos os valores que nos devem nortear, logo devemos pautá-los por justiça, solidariedade e altruísmo.

dessa forma fica implícita toda a dedicação que devemos ter para com aqueles que guiam os nossos passos e sempre tiveram um regaço disponível e uma palavra de carinho, amor e incentivo a nossa construção.

Quanto a este dedicado a Mãe, ela para mim é todos os dias o expoente máximo da minha existência e da herança que me passa.

Pela sua singularidade, perspicácia e abnegação faz de ti, um ser único e incontornável.

A teres um dia teu Mãe, sei que continuas fiel ao dia 08 de Dezembro, dia da imaculada Conceição.

Mas, como todos os dias são teus, o teu beijo muito grande Mãe.

 

DIOGO_MAR

sexta-feira, 4 de maio de 2018

PROMISQUIDADE POLÍTICA NO REINO TUGA


 
Como se não chegasse o número de deputados com acento parlamentar ser um vergonhoso exagero, (230) advindo daí avultados custos acrescidos, e a constituição até contempla a possibilidade da sua redução, 230 para 180 figurões, (tendo por base a interpretação e aplicação do artigo 148 da Constituição da República), mas aqui todo o quadrante político faz um pacto de silêncio em vez de executar a ação, e moralizar o país, revelando uma ganância desmesurada e sem pudor.

Porque será?

 

Já não nos basta a chamada casa da democracia estar ferida de ambiguidade e suspeição ao ser ocupada por largo número de deputados, com ligações a vários gabinetes de advocacia, porque dá jeito, e mais a mais, as pessoas querem-se nos sítios de influência.

 

Ainda temos mais este escândalo, são vários os deputados com casa própria em Lisboa, que declaram moradas oficiais fora da capital, isto chama-se, puro execrável oportunismo político, só tende a agravar a péssima imagem que a classe partidária conquistou, o descrédito total, e com gravíssimos reflexos no alheamento do povo dos atos eleitorais.

Prestar declarações falsas não é crime?

 

O crime de falsas declarações passa a abranger todas as afirmações feitas perante as autoridades oficiais, que se destinem a produzir efeitos jurídicos, próprios ou alheios, e punido com pena de prisão até um ano ou de multa, se a pena mais grave “não lhe couber por força de outra disposição legal”.

A nova redação do artigo 348 define, na alínea a), que "quem declarar ou atestar falsamente à autoridade pública, ou a funcionário no exercício das suas, identidade, estado ou outra qualidade a que a lei atribua efeitos jurídicos, próprios ou alheios, é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa, se pena mais grave não lhe couber por força de outra disposição legal"

"Se as declarações se destinarem a ser exaradas em documento autêntico, o agente [o arguido] é punido com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa", define a lei.

Este tipo de crime deixa assim de se confinar às declarações que são recebidas como meio de prova em processo judiciário ou equivalente.

 

A classe política que exige sacrifícios ao povo, é a mesma que comete e pactua com estes delitos inqualificáveis.

Tenham vergonha!

 

 

DIOGO_MAR

quarta-feira, 25 de abril de 2018

44 CRAVOS DE ABRIL



Houve homens e mulheres do meu País, que sonharam dar outro futuro aos seus filhos.

Cansados de ditadura, mordaça e garrote as palavras e aos pensamentos, saíram para a rua, e imbuídos de um nobre espírito de raça e abnegação, fizeram do dia 25 de Abril de 1974, um marco incontornável na história deste nosso Portugal.

Batizaram-no, por revolução dos cravos.

Eram as contas que tinham de ser acertadas, com os cães raivosos e inquisitórios de longos anos de sofrimento, imposto covardemente a um povo indefeso.

Era um virar de página de um livro repleto de sonhos, até ali adiados, mas que estavam a um passo de ganharem corpo.

Nunca a palavra liberdade tinha tido tanto significado para um povo, jogado na sargeta do ultraje, pelos carrascos dos fascistas.

A ditadura, era implacável para com aqueles que ousavam erguer a sua voz.

Perseguidos, Presos, torturados e mortos, pela PIDE-DGS, a polícia do regime, era o preço a pagar por explicitar o descontentamento contra os vampiros, que agiam sob a capa do regime ditatorial.

Portugal era um País pobre, cinzento, amargurado, subdesenvolvido e sem futuro.

A guilhotina era feroz e cruel, haviam bufos infiltrados com o lápis azul por toda a parte, eram as fontes de informação do regime.

 

Cravos vermelhos sangue, em memória dos que sucumbiram.

Cravos vermelhos, de determinação e vitória.

Cravos vermelhos, que simbolizam o desabrochar de um novo País a florir de esperança.

Cravos vermelhos, a parir o brilho e o sorriso nos rostos sofridos e castigados até então.

 

Nasceu assim uma nova alvorada, para um povo faminto pela conquista da sua identidade.

Portugal, ergueu-se das cinzas, houve a necessidade de ter engenho e arte, para reconstruir um País próspero e com desafios difíceis para vencer.

Volvidos 44 anos, não podemos reduzir esta data a uma simples efeméride, devemos sim honrar todos aqueles que de forma direta e indireta, fizeram o 25 de Abril, desde os capitães de Abril, até aos que no anonimato deram o peito as balas e desafiaram a ditadura.

Eles hoje, são os nossos avós, os nossos Pais, que nos ofereceram a melhor e valiosa prenda que algum País pode ter. A liberdade de expressão e pensamento, herança que as gerações seguintes não têm sabido dar o devido e reconhecido valor a tal conquista.

Dói-me a alma ao constatar a falta de respeito de um País pelos monumentos vivos que tudo deram e fizeram, pelo nosso Portugal, e agora veem-se jogados ao esquecimento, com reformas miseráveis, a morrerem de abandono! Estes não são os ideais de Abril!
 

Passados 44 anos, constato ainda graves e injustas clivagens sociais, a par de uma perigosa corrupção que mina a democracia, e deixa o povo inseguro e desconfiado.

Não são estes os valores exaltados pelo 25 de Abril de 1974.

Lamento profundamente, que algumas pessoas, tivessem confundido democracia, com anarquia e oportunismo.

Urge a necessidade de enraizar nos mais jovens o verdadeiro significado do 25 de Abril, para que dessa forma deem o verdadeiro sentido aos valores que devem nortear um povo.

Elevem bem alto, a bandeira do caráter, ética, moral e altruísmo.

Jamais uma sociedade justa se constrói sem as elementares regras inalienáveis dos direitos, mas também dos deveres.

Temos vindo infelizmente a assistir ao proliferar de uma panóplia de sistemas éticos e morais, que tem contribuído para um afastamento da nossa civilização de uma tradição que precisa ser recuperada, sob pena de assistirmos a submersão de princípios, valores e instituições cruciais para que a dignidade da pessoa Humana seja resguardada e prevaleça.

Se o sistema moral está podre, isto acaba por contaminar todo o tecido social e da aso ao desencadear de um autêntico vale-tudo nos campos da política e da economia, e por efeito dominó infeta toda a sociedade.

A magia do 25 de Abril de 1974, remete-nos a uma introspeção, que nos enriquece, e nos faz ter e sentir mais pátria no peito.

 

VINTE CINCO DE ABRIL SEMPRE

 

DIOGO_MAR

 
 

sábado, 14 de abril de 2018

MENSAGENS-DO-MAR


 
Pais falidos de valores, deram lugar a filhos indisciplinados.

 

DIOGO_MAR

 

Neste modelo de sociedade de fachada assente em estereótipos, Os Pais, deviam-se preocupar mais em terem filhos felizes, em vez de lhes exigir para que sejam os melhores.

Antes filhos felizes e realizados, conscientes das adversidades da vida, que serem os melhores, a viverem num pedestal enganador, banhado por materialismo, alheios da realidade.

 

DIOGO_MAR

 

O colapso dos valores na sociedade, tem repercussões de contornos catastróficos.

Impera o culto da lei da selva.

 

DIOGO_MAR

 

O deprimente culto de viver uma vida de fachada, espelha a artificialidade de uma sociedade perdida em dias obscuros e pantanosos do faz de conta.

 

DIOGO_MAR

 

Não me procures na tua sombra, já que eu sempre farei parte do teu sol.

 

DIOGO_MAR

 

No dia em que fores igual a ti próprio e não o que querem que tu sejas, serás feliz.

 

DIOGO_MAR

 

Quem não está de bem consigo mesmo jamais conseguirá estar de bem com os outros.

 

DIOGO_MAR

 

Prefiro ser odiado por aquilo que sou, que ser amado por aquilo que não sou.

 

DIOGO_MAR

 

Sou um vagabundo, que traz no peito um mar de palavras, nada mais que isso.

Vou sarrabiscando a cartilha da vida, com sentimentos que as gotículas de sangue (Letras) dão corpo.

Não almejo agradar a todos, mas no que escrevo levita o olhar efervescente do DIOGO_MAR, paladino de causas nobres e altruístas.

 

Sou eu mesmo, naquilo que valho, naquilo que acredito...

Sou eu mesmo, naquilo que tenho, naquilo que quero ter...

Sou eu mesmo, total e inacabado...

Sou eu mesmo, lógico e imaginário...

Sim:

Esse, sou eu mesmo!

 

DIOGO_MAR

sábado, 7 de abril de 2018

DECADÊNCIA


 
A timidez das tuas palavras e atitudes, amordaçam à vontade vorás de imanares a tua essência.

Vegetas sob o jugo de uma sociedade formatada e inquisitória, que ignora a tua felicidade.

Não se compadece com o teu ego, tu és mais um.

Mais um, que deambula num labirinto, onde por muito que procure, não encontra o desidrato que tanto almeja, encontrar o fio condutor, que te restitua a alegria de seres tu mesmo.

A artificialidade dos novos tempos, agregada a um egocentrismo podre, torna os dias cinzentos, com o pairar de uma névoa, que te impede de seres e veres mais além reencontrando-te.

Soltas um grito de revolta no teu interior, já que se alguém o ouvisse, não o iria compreender, eras anormal, eras um desalinhado da sociedade, e dos padrões que ela te impõe.

Resignaste-te a jogar com os dados viciados, mas são os possíveis, mentindo e enganando-te, adulterando o que de melhor encerras.

Vives asfixiado por um clima de paz-armada, que te vai corroendo, até chegares ao teu limite de frustração pessoal, e com repercussões, no desempenho académico, profissional e familiar.

As relações interpessoais, revelam-se um fracasso, a frieza e o autoritarismo adotado, são uma carapaça de defesa na qual te escondes.

Desta forma obrigam-te a submergir o melhor de ti, dando lugar a um inconformismo conformado.

 

DIOGO_MAR

segunda-feira, 2 de abril de 2018

INQUIETUDE


 
Jogado as sortes, de uma indefinição impiedosa, onde calcorreio trilhos entapetados de interrogações.

Deambulo por escarpas dolentes de saudade que perco de vista num horizonte envolto numa cortina de bruma enigmática.

Sou um passageiro do tempo fugidio que luta desenfreadamente para agarrar a vida.

Os pés, pregam-se ao chão, negando a transportar o corpo faminto de vontades inadiáveis.

O coração fervilha de ânsia.

Revejo-me no pranto da chuva, mais ao vento vadio, mensageiro de notícias longínquas que não consigo decifrar.

Balbucio impropérios desconexos, heresias raivosas de inquietude e revolta.

Evoco momentos idos, memórias de um passado que gostava de transportar para o presente.

Sou assaltado por uma insatisfação, de tanto por fazer, contra uma vontade sagaz de crer fazer tudo.

Mas esse tudo é tanto, quando o tanto se reduz a nada.

 

DIOGO_MAR

 

sexta-feira, 2 de março de 2018

TEMPO PARA O TEMPO


 
Os meus passos, perdem-se na imensidão das palavras, que me transportam até ti.

Onde estás?

Deixo que seja a cadência dos dias a esculpir na pedra bruta do tempo o amor, que cinzelado, lhe empresta, uma geometria de candura inigualável.

É nesta alma forjada na fogueira do amor incandescente, que lavram no meu peito lavaredas demolidoras de ansiedade.

Crepitam lágrimas de uma paixão voraz.

Tenho medo!

O seleiro do amor inusitado que por ti sinto, não se pode esvaziar.

Ó corpo de siara, olhos de amoras, cabelos de urze.

Quero ser o teu sabiá o maestro da orquestra, que inunda os teus ouvidos com serenatas ébrias de mel.

Faço um pacto com o vento, que detenha a cadência do relógio do campanário.

O amor não tem hora, nem pressa.

O amor Sou eu, és tu, somos nós!

 

DIOGO_MAR

sábado, 3 de fevereiro de 2018

CRÓNICA DO DESESPERO


 
É no crepúsculo das palavras, que mascaro a realidade, deste timoneiro solitário, sem norte nem guarida, ao leme de sonhos mumificados nos anais da minha vivência.

Dedilho os dias, de forma sôfrega, expelindo uma ânsia sem limite.

Quero-me!

Sou um barco fundeado, num mar de águas cálidas, de desejos náufragos.

O porto de abrigo é uma miragem inatingível, submergindo os despojos, de uma vida tatuada pelo desespero.

Balbucio vontades moribundas, em acordes da melodia perene, de não saber de mim.

Fico reduzido, aos arpejos do troar das vozes fantasmagóricas dos deuses, no crepitar do fogo-de-santelmo.

Ó vontade cadavérica, petrificada sob um céu tricotado de interrogações, que me esmaga o peito, tornando o num fóssil de saudade, deste corpo que não comando.

Desejo-me!

 

 

DIOGO_MAR

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

A BRISA DA SOLIDÃO


 
Esvaem-se do meu peito, palavras aladas a perderem-se, neste céu de anil vestido.

O horizonte, afaga um mar ludibriante, de raiva e docilidade.

As minhas palavras, são aniquiladas pelas trevas do desespero, emolduradas pelo silêncio a percorrer esta imensidão, retalhada pela cálida e melancólica ânsia, de voar nas asas do vento cioso de desejo.

Agora, sou uma amálgama, fecundada num emaranhado de vontades órfãs, a desdobrar os dias, sem encontrar o norte.

Aqui fico imóvel, contemplando o convés de sonhos náufragos, encalhados na bruma da ilusão, desabrochada numa epopeia vestida de tirania, de mãos implacáveis, que trespassam um peito despojado, brotando um tenebroso silêncio de ausência.

 

DIOGO_MAR