sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

VAZIO


 
É numa febril melancolia de um horizonte corroído pelo pesadelo da ausência, que desfalece este rio esmagado pelas margens, neste peito sofrido e agastado, onde brota um caudal de palavras fosforescentes em candelabros de solidão austera, onde palidamente resta o cintilar dos cristais de um indecifrado livro da memória, alojado no empoeirado arquivo da alma.

Desenho na sombra dos dias a volúpia de um amor idílico, despojado de qualquer sacrilégio, submerso num pranto de lágrimas a derramarem-se na soleira de uma saudade perfumada de amargura demolidora e longínqua.

Ó, amor!!!

 

DIOGO_MAR

1 comentário:

  1. Um belíssimo texto, onde impera a qualidade literária.
    Boa semana, Diogo.
    Um abraço.

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