Serpenteio caminhos onde levitam vontades emolduradas em
saudosismo.
Ziguezagueante desfiro paços trôpegos e cambaleantes de recordações
passadas.
Onde estou?
Por onde vou, ou quero ir?
Se é que quero!
Ó, fracas são as forças deste sonambulismo anestesiante.
Fraquejo no presente porque o passado me corrói.
Estranho bailado este, onde estou sempre em contradança
comigo mesmo.
O relógio vai marcando a caducidade dos dias.
O sol melancólico, apresenta-se envolto numa névoa de
desalento.
A cartilha destas linhas desalinhadas reflectem o caudal de
um rio esmagado pelas margens.
Esgrimo argumentos desabotoados por fragmentos de histórias,
que perpetuam no tempo.
Vivo o presente, sustentado pelo ópio do passado a quem
imploro intemporalidade.
Resta-me resignar as mãos de capítulos transportados no
regaço da monção que me sacia.
A fonte de quimeras do ontem, rubricam as páginas do presente,
tornando o futuro uma incógnita sem prazo nem idade.
DIOGO_MAR
Em contramão... será sempre a atitude certa de quem está disposto a ir ao encontro da vida... e das suas incertezas... e a não ser derrubado por ela...
ResponderEliminarMais uma belíssima inspiração, Diogo! Parabéns!
Beijinho!
Ana